Associados de Rotary Club de Curitiba conheceram os perigos e riscos que o fraturamento hidráulico, ou fracking, pode trazer para Paraná e para o Brasil. Após almoço semanal na Sociedade Garibaldi, os integrantes do Rotary puderam conhecer um pouco da tecnologia usada para a exploração minerária do gás não convencional, também conhecido como gás de xisto.
Este processo minerário causa danos irreparáveis à saúde humana e atividades agropastoris. Tendo como principal preocupação a contaminação das águas de superfície e subterrâneas como as do aquífero Serra Geral e outros, o fracking poderá gerar impactos que irão inviabilizar a pecuária, agricultura e provocará um colapso sem precedentes no abastecimento de água que hoje já passa por uma terrível crise.
O diretor da Sociedade Garibaldi, ambientalista e membro do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Curitiba, Roberto Gava, que também é ativista da COESUS, enfatizou a importância de se impedir que essa tecnologia prospere no Brasil. “Eu tenho procuração do meu neto e das futuras gerações para defender as nossas reservas de água, o solo fértil, florestas e um futuro sustentável. Com fracking, nada disso é possível”.
O presidente do Rotary Club de Curitiba, João Cândido Pereira de Castro Neto, agradeceu a participação da Coalizão Não Fracking Brasil no compartilhamento das informações que muitos não conheciam. Entre os rotarianos presentes, estava o vereador de Curitiba, Jorge Bernadi, que enfatizou “a importância de se discutir com a sociedade este tema de tamanha relevância para o futuro do país”.
A Engenheira agrônoma e agropecuarista Rosemary Zillmer, fez uma palestra mostrando como funciona o fracking. Ao utilizar um coquetel de mais de 600 substâncias químicas tóxicas, cancerígenas e radioativas para fraturar a rocha no subsolo, o fracking provoca severos e irreversíveis danos ambientais, econômicos e sociais.
“Onde o fracking acontece, não há água para consumo humano, agricultura e indústria. Os alimentos contaminados não podem ser consumidos nem comercializados. É uma tragédia sem fim”, alertou Rosemary.
Natural de Toledo, a agropecuarista é coordenadora e voluntária da campanha Não Fracking Brasil na região Oeste do Paraná. Toledo é uma das 122 cidades do estado que podem ser impactadas. Em dezembro de 2013, a Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP) vendeu lotes para exploração não convencional para a Petrobrás e um consórcio de empresas, da qual a Copel faz parte.
“Na minha cidade já aprovamos uma lei municipal que impede a concessão de alvará para empresas de fracking. E temos ainda uma liminar que suspende os efeitos do leilão e nos deixa livre do fracking, por enquanto. Vamos continuar lutando para que esta terrível tecnologia não aconteça na nossa cidade e em nenhum lugar do Brasil e do mundo”, completou.
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