
Viver a menos de dois quilômetros de um poço de fraturação hidráulica traz um sério risco para as mulheres grávidas, descobriu um novo estudo, publicado pela revista revista Science Advances. A técnica de perfuração injeta água em alta pressão, somada à produtos químicos, em rochas subterrâneas para liberar gás natural.
Segundo o estudo, mulheres que vivem a até 2 km de distância de operações de fracking na Pensilvânia são 25% mais propensas a dar à luz a bebês de baixo peso do que as mães que vivem a distâncias maiores. O estudo realizado, entre 2004 e 2013, com análise de 1,1 milhão de partos no estado, também encontrou bebês com peso baixo, cujas mães viviam entre cerca de 2 km e 3 km de um poço de fracking.
“Eu fiquei surpreso com a magnitude do impacto dentro do raio de menos de um quilômetro”, disse Michael Greenstone, professor e diretor do Energy Policy Institute da Universidade de Chicago, e um dos três autores do estudo. Há cerca de 4 milhões de nascimentos por ano nos Estados Unidos. De acordo com a pesquisa, cerca de 30.000 nascimentos estão a até km de um campo de fracking e 100.000 estão dentro de uma área de cerca de 3 km.
O estudo foi realizado por causa dos produtos químicos tóxicos utilizados para quebrar o xisto e a quantidade de água utilizada para forçar o gás natural. Autoridades de saúde do estado e residentes perto de operações de fracking queixam-se das águas residuais de fracking. As empresas, em alguns casos, foram forçadas a fornecer água mineral engarrafada para residentes que dependiam de poços subterrâneos. Uma série de estados, como Maryland e Nova Jersey, proibiram a fracking.
Leia a matéria original em inglês no Washington Post.
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