Considerada a fonte mais barata do país, energia eólica já conta com 568 parques instalados e deve chegar a 754 nos próximos cinco anos
Bons ventos têm auxiliado o Brasil a ser um país que adota fontes renováveis e limpas para gerar energia. Atualmente, a energia eólica — meio que transforma a energia do vento em energia útil — já chega a atender 14% do Sistema Interligado Nacional (SIN). O dado está no Boletim Mensal de Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) de setembro e foi o atendimento recorde de 2018. Em dezembro de 2018, a quantia de energia gerada pelo vento foi de 7.541,67 MWmed, atendendo uma demanda de 10,49%.
Com 568 parques eólicos em território nacional, é possível abastecer 25 milhões de residências ao mês — número equivalente à 75 milhões de habitantes. Para a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum, a energia eólica tem uma trajetória de crescimento que mostra maturidade e consolidação. “Há uma série de fatores que explicam seu sucesso no Brasil. Em primeiro lugar, temos bons ventos para obter a energia com grande produtividade. São estáveis, com a intensidade certa e sem mudanças bruscas de velocidade ou direção. Especialmente no Nordeste, o país tem a sorte de ter uma quantidade enorme desse tipo de vento”, conta. Na região citada, os recordes de atendimentos a carga já ultrapassam 70% de energia produzida.
De acordo com Elbia, a qualidade dos ventos brasileiros pode também ser explicada em números: nos últimos doze meses, o fator de capacidade médio foi de 42,5%, atingindo picos superiores a 60% em um mês e tendo passado dos 80% no caso dos recordes registrados pelo ONS na região nordeste em um dia. Para comparação, a média mundial da produtividade do setor está em torno de 25%. “Outro ponto favorável do desenvolvimento da fonte eólica no Brasil é o fato de a cadeia produtiva ser 80% nacionalizada gerando empregos aqui e produzindo com alta tecnologia e investimento”, complementa.
Investimento
Elbia certifica que a energia eólica é hoje a fonte mais barata de energia no Brasil e os valores atuais para sua implementação não impedem seu crescimento. “O que impossibilita o progresso é um fator macroeconômico: crescimento. A principal necessidade é que o país volte a crescer, para que o governo realize novos leilões de contratação de energia”, aponta. As previsões são que, até 2024, serão instalados mais 186 parques eólicos — levando o setor à marca de 18,8 GW, considerando apenas leilões já realizados e contratos firmados no mercado livre.
Benefícios da Energia Eólica
“A escolha da contratação da energia eólica faz sentido do ponto de vista técnico, social, ambiental e econômico e tem sido a mais competitiva nos últimos leilões. Além disso, acreditamos ser uma escolha lúcida quando se tem ideais de uma sociedade mais justa de um futuro mais sustentável e de respeito à natureza”, conta Elbia. “A energia produzida pelo vento é renovável, não polui, tem baixo impacto ambiental e contribui para que o Brasil cumpra o Acordo de Paris — não emitindo CO2 em sua operação”, finaliza.
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Paulinne Rhinow Giffhorn — jornalista da Fundação Internacional Arayara e da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (COESUS).
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