Campanha Não Fracking Brasil expande conscientização de agentes públicos no Mato Grosso do Sul e Goiás
Equipe passou por sete municípios para alertar servidores municipais acerca das consequências do fraturamento hidráulico
Entre os dias 8 e 14 de novembro, a equipe da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (COESUS) ampliou suas atividades no estado do Mato Grosso do Sul e Goiás, com o objetivo de conscientizar lideranças e tomadores de decisões em órgãos públicos, principalmente nas Câmaras Municipais, sobre as consequências da extração não convencional de gás por meio do fracking — técnica de exploração de gás natural que ocasiona impactos e contaminação do meio ambiente em razão do fraturamento das rochas por injeção de água com substâncias químicas perigosas.
Nos encontros realizados com lideranças políticas e servidores municipais foram apresentadas informações sobre a técnica e transtornos causados em regiões que já realizam o fracking — com destaque para a Argentina e Estados Unidos.
Durante o período, o grupo de trabalho passou por diversas cidades, incluindo Campo Grande (MS), com participação no Seminário dos Vereadores do Mato Grosso do Sul 2018, além de Rio Brilhante (MS), Brasilândia (MS), Mineiros (GO), Chapadão do Céu (GO), Serranópolis (GO) e Aporé (GO) — regiões conhecidas por seu grande potencial agropecuário e de agricultura familiar, que já possuem áreas postas à leilão pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e que podem ser gravemente impactadas pela prática.
A proposta da Campanha Não Fracking Brasil, apresentada pela especialista em sustentabilidade e coordenadora da campanha, Suelita Röcker, é implantar um projeto de lei que impeça a atividade na região. “Com a lei nos municípios será possível prevenir riscos à saúde e, especialmente, a economia da região”, afirmou. Após a reunião em Mineiros (GO), o presidente da Câmara de Vereadores, Fábio Souza Santos (PMDB), que teve o primeiro contato com as resultantes do fraturamento hidráulico, afirmou que pretende seguir com o projeto de lei para prevenir o município das ameaças da prática.
Já o ornitólogo e diretor de educação ambiental na Prefeitura Municipal da cidade, André Luiz de Oliveira, agradeceu intensamente a presença da equipe. “Conhecer possíveis impactos ambientais é fundamental para que possamos elaborar uma estratégia de manutenção e também proibir ações que venham danificar nossa área — abençoada por vários recursos naturais”, complementou.
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Paulinne Rhinow Giffhorn — jornalista da Fundação Internacional Arayara e da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (COESUS).
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