Quantidade de água contaminada gerada em poços de fracking dos EUA aumentou 1.140%

Poços de Fracking

Estudo realizado na Carolina do Norte analisou mais de 12 mil poços entre 2011 e 2016

Nos últimos anos, o uso de água para fraturamento hidráulico e produção de águas residuais nas principais regiões de produção de gás e óleo de xisto nos Estados Unidos aumentou. Uma pesquisa realizada pela Duke University, na Carolina do Norte (EUA), mostrou que as operações de fracking no país passaram por um aumento de 770% na quantidade de água utilizada por poço entre 2011 e 2016. Além disso, durante o mesmo período a quantidade de águas residuais contaminadas geradas por esses poços aumentou 1.440%.

De acordo com o estudo, esse acréscimo na quantidade de água foi observado em todos as bacias de xisto dos Estados Unidos, certificando que, com o tempo, as operações de fraturamento hidráulico exigirão cada vez mais água, consequentemente resultando em maiores volumes de água residual de petróleo e gás. Para realizar a pesquisa, foram analisados dados de mais de 12 mil poços norte-americanos, de acordo com números divulgados pelo American Petroleum Institute (API).

“Enquanto as operações de fracking se tornaram mais ‘eficientes’, seu impacto geral no meio ambiente aumentou drasticamente. O salto nas águas residuais contaminadas é aterrorizante, uma vez que uma das maiores questões envolvendo o fracking e o seu impacto no meio ambiente é, especificamente, como o esgoto é gerenciado”, aponta o jornal norte-americano Daily Kos.

Os dados são um alerta para a população local, pois os resíduos dos poços são compostos por salmouras, extraídas juntamente com o gás e o óleo encontrado no subsolo, contendo parte da água injetada no poço durante o fraturamento. Portanto, nesses líquidos podem estar presentes mais de 600 elementos radioativos ou tóxicos. Além do alto consumo e contaminação de água, o fracking é relacionado às mudanças climáticas, por conta da emissão de metano, e também à abalos sísmicos, causando terremotos e acidentes geológicos.

Para ter acesso ao estudo na íntegra, acesse o link.

Paulinne Rhinow Giffhorn — jornalista da Fundação Internacional Arayara e da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (COESUS).

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